16 de fevereiro de 2010

Precariedade no serviço público

Esse tema é bastante comentado em diversos lugares, e o que vou escrever não é sobre Lages, nem Correia Pinto, nem sequer da serra catarinense, mas não posso deixar passar.

Aproveitando o feriado de carnaval, fomos até Rio Negro, divisa do PR com SC, passear um pouco. Mas como o clima é muito diferente, eu que sofro com uma infeliz asma, acabei passando por maus bocados.

Fui em diversas farmácias e nenhuma fazia nebulização, até aí tudo bem, afinal de contas eu não tinha receita alguma mesmo, mas que não custava dar um pouquinho de atenção, isso não custava. Enfim, só me sobrou mesmo o pronto socorro, que já haviam me dito que era precário, só não imaginava que era tanto.

Cheguei lá praticamente sem conseguir respirar, sem cor e amparada por meu marido, uma senhora que dava de ver claramente que estava trabalhando no feriado completamente contrariada, não foi capaz sequer de sair de traz da grade de "segurança" em que estava, simplesmente disse que não poderia me fazer nebulização e que se eu quisesse passar por um médico que esperasse, e completou dizendo que ia demorar!!!

Como eu não aguentava esperar saí igual loca pedindo nebulizador pra todo mundo que eu encontrava até que encontrei uma alma caridosa que me socorreu.

E se fosse algo pior? É muito sufocante, mas até que eu já estou, digamos, acostumada com essas crises. E as pessoas que chegam lá entre a vida e a morte? Será que aquela senhora vai dizer o mesmo que disse pra mim?

Eu sobrevivi e fico eternamente grata a mulher que me emprestou o nebulizador, só fico realmente penalizada pelas pessoas que dependem daquele pronto socorro durante o ano todo...

Rubiane Lima

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